Vamos por partes, iniciei a vida profissional no meio da Educação Física Adaptada em 2006, depois em 2007 tive a oportunidade de participar de um grande evento esportivo para deficientes Visuais, após o evento tive a certeza que era aquilo que eu queria e foi só esperar a conclusão da faculdade e dar início a uma nova empreitada.
Em Dezembro de 2007, na véspera da conclusão do meu curso de Educação Física, formulei um projeto com o objetivo de entregar nas entidades de Sorocaba, visando à implementação do Esporte Adaptado nelas, foi algo que eu quis arriscar, porque não tinha conhecimento consistente em nenhuma pratica do esporte adaptado em si, mais como muitos dizem você se formou, mais daqui para frente é com você.
Em janeiro de 2008 me inscrevi no curso de Pós-graduação em Atividade Física Adaptada e Saúde da faculdade FMU, e achei que seria uma boa, estar conciliando a teoria com a prática.
Enviei um projeto para uma entidade e ele foi aceito, a presidente gostou do projeto, disse ela que há 10 anos aberas existia um projeto de esporte, mais acabou terminando por falta de apoio, tudo estava indo bem, só teve um problema, a entidade não teria como custear os gastos dos meus honorários, mesmo assim, aceitei, seria uma troca, estaria podendo usar o que aprenderia na Pós Graduação e conhecendo um universo novo.
Após isso, começamos a divulgar em jornais, ônibus especiais, porque um grande problema de trabalhar com essa clientela é aonde encontralos.
Não sabia quais as deficiências iria encontrar nem quais esportes iriam desenvolver após a divulgação os interessados entraram em contato e marcamos uma reunião.
Nessa reunião compareceu cerca de 3 interessados, e também uma pedagoga que teria interesse em conhecer a metodologia empregada no esporte para pessoas com deficiências.
Nessa reunião foi decido qual a modalidade que seria desenvolvida, por a totalidade dos interessados serem cadeirantes entramos em um consenso em trabalhar com o Basquete Sobre Rodas.
O próximo passo foi encontrar uma quadra que teria acesso para os atletas, material esportivo e transporte, se já não bastassem essas dificuldades, um dos 3 interessados veio a ser assassinado na véspera do inicio do projeto.
Desde o início do projeto tenho 2 atletas que foram os propulsores, Oséias e Paulinho, 2 pessoas que me ajudaram muito, mesmo sabendo que não tínhamos nada, todas as quartas nos reuniamos na entidade para conversar sobre o desenvolvimento do projeto.
Depois de 2 meses, conseguimos a doação de uma bola de basquete do Hipermercado Carrefour e a promessa de que iriam riscar uma meia quadra no seu estacionamento para que nós treinássemos lá.
E os dias, semanas e meses foram passando, e nos treinando na pista de caminha, em um quiosque que daria somente para fazer os exerci os de alongamento e força.
Fomos mais uma vez perguntar sobre o andamento para riscarem a quadra no estacionamento, não nos responderam e decidimos procurar outro lugar.
Foi quando começamos a percorrer os centros esportivos de Sorocaba com idéia de conseguir uma quadra coberta para os treinos, depois de muita insistência em julho conseguimos a quadra do centro esportivo da Vila Gabriel, onde treinávamos as quartas feiras das 13:30 as 16:00.
O Projeto foi crescendo, mais interessados integrando o grupo, no dia 07/07/07 a equipe do Globo Esporte fez uma matéria sobre o projeto, ficou visivelmente que eu não tinha experiência nenhuma com entrevistas, mais tudo bem, Segue o link abaixo.
O projeto passou por muita coisa, nós não tinhamos transporte para todos os atletas, muitos vinham de carona, poucos conseguiam o transporte especial, como o projeto não recebia verba nenhuma, foi muito dificil conseguir material esportivo como bolas e coletes, na realidade só tinhamos 1 bola de basquete que o Hipermercadi Carrefour nos deu, mais nada.
Contei sempre com a ajuda dos jogares, porque sabia que eles tambem não tinham condições, e o que eles podiam eles me ajudavam, passado ja 8 meses do unicio do projeto ja estavamos 5 jogadores, e cada vez ganhando mais visibilidade por parte da Midia.
Em setembro o Jornal Cruzeiro do Sul entrou em contato com a entidade e realizou uma matéria de um projeto do jornal conjunto com a CPFL que se chama Cidade Solidaria, a equipe do jornal realizou uma materia que teve grande visibilidade em geral, mais ainda não tinhamos nenhum reconhecimento da sociedade em geral.
Mais em novembro quando saiu os resultado das entidades que iriam receber os premios de Cidade Solidaria veio a surpresa, ficamos em terceiro lugar, atráz somente da Associação Integrar e do Gpaci. Provamos que mesmo sem a ajuda de ninguem conseguimos mostrar nosso valor, como diz Obama, I Can, We Can.